As obras para abertura definitiva do canal de Itaipuaçu foram interrompidas nesta semana pela autarquia de Serviços de Obras de Maricá (Somar). De acordo com o presidente, Renato Machado, enquanto não houver anuência do Instituto Estadual do Ambiente (INEA) o serviço precisará ficar interrompido.
As obras foram iniciadas há aproximadamente duas semanas atendendo a um pedido da população, que reclama ausência de oxigenação no canal, provocando a morte de peixes e alagamento de algumas residências.
De acordo com o agente da Polícia Federal, Gil Ramos, essa é uma reivindicação antiga dos moradores.
“Eu moro aqui há 40 anos e desde que o bairro começou a crescer ouço que o canal precisa ser aberto para que haja a troca da água do mar com a do canal. Infelizmente, meia dúzia de pessoas que moram na região dificultam essa abertura. Preferem ver esse canal sujo do que viver com a população que desfrutaria do local para se banhar”, afirmou.
O chefe de laticínios, Silvio Jorge, concordou com o vizinho e informou que quando o canal enche, os sumidouros ficam saturados, a descarga não funciona, a água fica imunda e algumas casas ficam inundadas.
“A água do mar é clara e isso não mudaria com a troca da água com o canal, pelo contrário, o cenário ficaria ainda mais bonito. Estávamos empolgados com as obras, mas precisaram parar e agora ficou ainda mais complicado! Ou a SOMAR volta para o que era antes ou conclui, desse jeito ficou muito ruim”, disse.
Para diminuir os impactos causados pelo fechamento do canal, os moradores da região retiram a areia que impede a abertura com uma pá. Nesta quinta-feira (13), cerca de três moradores realizavam o trabalho.
Renato Machado informou que por se tratar de uma área de preservação ambiental a obra necessita da aprovação do INEA.
Procurado, o instituto ainda não se pronunciou sobre o caso.
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